Desafio do Poema

Bom dia,

Fiquei super empolgada com essa história de publicar belos poemas.
A Andressa do Blog Nossa Tão Sonhada Humilde Residência, chamou a todos os blogs a participarem ao invés de 5 bloguuinhos, então me senti convidada e vou dividir meu poema. Antes quero dizer que os poemas que até agora li me deixaram muito feliz, Amei o poema da Katia do blog Minha Kasinha...

O poema que escolhi é sobre saudade da infância e é de  CASIMIRO DE ABREU (1839-1860)."O que o consagrou foi a nostalgia (tipicamente romântica) daquelas realidades pessoais que ficam para trás: a mãe, a irmã, o lar, a infância. Tornou-se, por excelência, o poeta da "aurora da vida", do tempo perdido, das emoções da meninice. Mesmo sabendo que a infância não significa o paraíso, sucumbiu à doçura dessas lembranças."

Vou ilustrar o poema com uma foto da minha infância. Vai ter o antes e o depois, rsrsrsrs:

Antes (Meu irmão e eu, acho que eu tinha menos de 8 anos aqui)

Meus oito anos

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã.
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberto ao peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Oh! Que saudades que tenho
Da aurora de minha vida (...)


Assim como o autor, ás vezes também tenho saudade da minha infância querida que passei ao lado do meu irmão (1 ano e 4 meses mais velho do que eu, praticamente a mesma idade). Agora temos responsabilidades que a gente não tinha, se preocupar com um marido (esposa), uma casa, um emprego e tantas outras coisas. Nossa preocupação era ir para a escola, estudar poemas (como esse que um dia uma amiga recitou na escola e nunca mais esqueci), brincar até se cansar e entrar para dentro de casa do horário determinado pela mãe.
 Eu já tenho uma familia (meu amor e eu), meu irmão vai se casar o ano que vem e também vai formar uma familia e tudo aquilo que a gente viveu ficará na memória de uma infância querida.

Depois (Eu e meu irmão em Bombinhas - SC Nov/2013)

 Tenham todos um bom dia e espero que tenham apreciado o poema.
Bjus!